Aprenda a precificar veículos com a tabela FIPE de carros!
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Quer saber como consultar a tabela Fipe de carros para precificar veículos? A Checktudo vai te explicar!
Primeiramente, vamos entender um pouco mais sobre a tabela FIPE e os parâmetros utilizados para definir o preço médio dos veículos no mercado:
O que é a Tabela FIPE?
A Tabela FIPE foi criada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) para servir como uma base de consulta do preço médio de veículos do mercado brasileiro.
Para a construção dessa tabela são apurados os preços médios de veículos e utilitários a partir do ano modelo de 1985. Já para caminhões e micro-ônibus, o ano modelo é 1981, e para motos, triciclos e quadriciclos, o ano modelo é 1990.
No caso dos caminhões, são apurados somente os preços médios dos chassis cabine, ou seja, sem contar os baús.
Por fim, para os carros zero km, a apuração é feita com base em uma versão com opcionais básicos, intermediários e completos.
Essa tabela é muito utilizada pelas seguradoras e empresas financeiras para definir o valor de seguros e financiamentos. No entanto, ela também pode ser aplicada na negociação de veículos usados e seminovos.
Como os valores dessa tabela são apurados?
Primeiramente, um representante da FIPE vai até as concessionárias e lojas de carro para fazer o levantamento dos valores que são ofertados para cada modelo. Nesse levantamento, são tomados como base somente os preços oferecidos para pagamentos à vista.
Em seguida, esses valores são analisados e são excluídos os preços muito altos e muito baixos. Após isso, é feita uma média dos valores que foram mantidos nessa primeira análise, chegando ao preço médio de cada veículo no mercado.
Nesse cálculo, são desconsiderados os veículos:
- Para revenda, para frotistas e para o Governo;
- Blindados;
- Personalizados com conversão de motor;
- Transformados;
- De fabricação própria ou de marcas não consolidadas no mercado;
- De importação independente e de teste.
Como consultar a tabela FIPE?
Para consultar a Tabela FIPE de carros, você deve acessar o site: veiculos.fipe.org.br
Em seguida, basta rolar a página até o final, para encontrar os campos onde você deverá selecionar a categoria de veículos que pretende consultar:
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Após isso, basta selecionar o período de referência, a marca, o modelo e o ano do modelo e clicar em “Pesquisar”:

Como definir o valor de revenda com base na Tabela FIPE?
É importante que você se lembre que o valor encontrado na Tabela FIPE de carros é apenas uma média dos preços do mercado.
Sendo assim, para definir o valor de revenda da forma correta, você deve consultar a tabela e aplicar, sobre os valores encontrados, alguns fatores de correção:
Condições de uso do veículo
As condições físicas do veículo têm uma forte influência no valor de revenda que poderá ser aplicado.
Se o carro tem:
- Avarias;
- Problemas mecânicos;
- Peças da parte interior desgastadas;
- Pintura malcuidada;
- Qualquer outro problema que desvaloriza o carro visualmente.
Será necessário diminuir o valor encontrado na Tabela FIPE, para fazer uma negociação justa.
Itens opcionais
Quanto mais itens opcionais o veículo tem, maior pode ser o valor de revenda.
Então, avalie quais são os itens de série da versão básica do modelo que você pretende vender e aumente ou diminua o valor de revenda com base no custo-benefício dos equipamentos que o veículo tem.
Quilometragem
Os veículos que têm quilometragem mais alta são mais desvalorizados no mercado. Isso tem relação com as manutenções que ficam mais frequentes, além da possibilidade maior de apresentar problemas mecânicos graves.
É claro que esse não é um fator isolado. Todos os fatores de correção devem ser avaliados em conjunto, para que o preço de revenda seja realmente próximo ao valor real do veículo.
Um carro que esteja em boas condições de uso, mesmo com a quilometragem mais alta, pode não sofrer uma desvalorização tão grande.
O histórico do veículo
Os veículos usados e seminovos podem ter problemas no histórico que desvalorizam o seu valor de mercado.
Entre esses problemas estão: passagem por leilão, indício de sinistro, histórico de roubo e furto, débitos e restrições e recall pendente.
Essa desvalorização está relacionada ao risco desses veículos terem algum dano estrutural ou até mesmo do proprietário ter algum problema no momento da transferência e do licenciamento.
Os carros de leilão, roubados e sinistrados, por exemplo, perdem em média 30% do seu valor de mercado, mesmo que estejam em boas condições.
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