Entenda tudo sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais!
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Atualmente, todas as empresas que processam dados de Pessoas Físicas no Brasil devem seguir as regras da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Vamos te mostrar como ela funciona e qual é a sua importância!
O que são dados pessoais?
Dados pessoais são qualquer informação relacionada a uma pessoa como nome, CPF, endereço, dados biométricos, registros de atividades, localização e muito mais.
A LGPD também abrange dados sensíveis, como origem racial ou étnica, convicções religiosas, opiniões políticas, dados genéticos e dados sobre saúde.
O que é a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais?
A LGPD ou lei nº 13.709, é um conjunto de regras que entrou em vigência em agosto de 2020. O maior objetivo dessa lei é criar um cenário de segurança jurídica, com a padronização de normas e práticas que promovam a proteção dos dados pessoais de todos os cidadãos do Brasil.
Essa lei se aplica a todos os tipos de empresa?
Sim! Todas as empresas que trabalham com processamento de dados de Pessoas Físicas devem se adequar à LGPD.
Empresas que têm sua sede principal ou o seu banco de dados no exterior, também devem seguir as regulamentações da LGPD, pois processam dados de usuários que estão em território nacional.
Princípios da LGPD
A LGPD se baseia em dez princípios fundamentais:
- Finalidade: o tratamento de dados pessoais deve ter finalidade específica, explícita e legítima, informada ao titular;
- Adequação: os dados pessoais tratados devem ser adequados, relevantes e limitados ao necessário para a realização da finalidade;
- Necessidade: o tratamento de dados pessoais deve ser limitado ao mínimo necessário para a realização de suas finalidades;
- Livre acesso: o titular tem direito de acessar seus dados pessoais;
- Qualidade dos dados: os dados pessoais devem ser precisos, completos e atualizados;
- Transparência: a forma de tratamento dos dados pessoais deve ser clara, precisa e facilmente acessível;
- Segurança: os dados pessoais devem ser protegidos por medidas de segurança, técnicas e administrativas, que garantam a sua confidencialidade, integridade e disponibilidade;
- Não discriminação: é vedada a discriminação em razão do tratamento de dados pessoais;
- Responsabilização: o controlador é responsável pela observância da LGPD;
- Cooperação: as autoridades nacionais de proteção de dados devem cooperar entre si.
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Direitos do titular dos dados
A LGPD confere diversos direitos aos titulares dos dados, como:
- Confirmação da existência de tratamento;
- Acesso aos dados;
- Correção de dados;
- Anonimização, bloqueio ou eliminação;
- Portabilidade;
- Revogação do consentimento;
- Oposição ao tratamento dos dados.
Obrigações do controlador
O controlador é a pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que decide sobre as finalidades e meios do tratamento de dados pessoais. As principais obrigações do controlador são:
- Implementação de medidas de segurança – Implementar medidas técnicas e administrativas para proteger os dados pessoais;
- Realização de avaliação de impacto – Em determinadas situações, o controlador deve realizar uma avaliação de impacto na proteção de dados;
- Comunicação de incidentes de segurança – Comunicar à autoridade nacional de proteção de dados e ao titular os incidentes de segurança que possam resultar em risco ou dano relevante aos direitos ou liberdades fundamentais;
- Manutenção de registro de atividades – Manter um registro de todas as atividades de tratamento.
Quem fiscaliza a aplicação da LGPD?
A fiscalização da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais é feita pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD).
A ANPD deve regular e orientar, de forma preventiva, sobre como aplicar a lei, mas os cidadãos e organizações podem ajudar a Autoridade na fiscalização.
É necessário que as empresas tenham um controlador, que é quem deve tomar as decisões sobre o tratamento. Um operador, que deve realizar o tratamento em nome do controlador e um encarregado, que deve interagir com os cidadãos e a Autoridade Nacional.